Constellation, le dépôt institutionnel de l'Université du Québec à Chicoutimi

Résumé

Introduction: Brazil has experienced an epidemiological transition process, characterized by an aging population, with a rise in chronic diseases and reduction in infectious diseases. In this context, aging brings about the presence of multimorbidities and the use of multiple drugs associated with a worse quality of life of those people.

Objectives: To analyze the determinants of quality of life in physically independent elderly.

Method: Cross-sectional study of 498 elderly physically independent, divided into three groups according to the presence of comorbidities: I) Control group: no comorbidities; II) Group comorbidities: <3 comorbidities; and III) multimorbidities Group: ≥ 3 comorbidities and were also stratified on the use of medications in: I) Control group: non-medicated; II) medicated Group: <3 drugs; and III) polymedicated Group: ≥ 3 drugs. Structured questionnaires were applied to survey data on socio-demographic characteristics, history of comorbidities and medication use, as well as the SF-36 questionnaire as a quality of life assessment method.

Results: Statistically significant differences were found in the quality of life regarding gender, educational level, economic status and multimorbidities. The results show that in elderly populations there is inequality in non-white races and among women in matters regarding access to health services. These groups show bigger probability to have more serious chronic conditions and a bad perception of health and quality of life. It is also very clear that in third world countries, a lot of elderly live in poverty having difficulties in the area of health, a major challenge to the implementation of public policies for the care of those people. Lastly, the results make it evident that the aging process has a direct relationship to the amount of installed diseases and increased use of medications.

Conclusion: As much as the results showed that the decline of quality of life in physically independent elderly is related to the presence of multimorbidities and high medication intake, researchers state that people can age with a good quality of life if they opt for a successful aging process where significant activities gain space along with daily actions.

Introdução: O Brasil tem passado por um processo de transição epidemiológica, caracterizado por um envelhecimento populacional, com um aumento das doenças crônico-degenerativas e redução das doenças infectocontagiosas. Nesse contexto, o envelhecimento ocasiona a presença de multimorbidades e uso de múltiplos fármacos os quais estão associados a uma pior qualidade de vida dessas pessoas

Objetivos: Analisar os fatores determinantes da qualidade de vida de idosos fisicamente independentes.

Método: Estudo transversal com 498 idosos fisicamente independentes, alocados em três grupos quanto à presença de comorbidades: I) Grupo controle: sem comorbidades; II) Grupo comorbidades: < 3 comorbidades; e III) Grupo multimorbidades: ≥ 3 comorbidades e também estratificados quanto à utilização de medicamentos em: I) Grupo controle: não medicado; II) Grupo medicado: < 3 medicamentos; e III)Grupo polimedicado: ≥ 3 medicamentos. Foram aplicados questionários estruturados para levantamento de dados sobre características sociodemográficas, história de comorbidades e consumo de medicamentos, além do questionário SF-36 como um método de avaliação de qualidade de vida.

Resultados: Foram encontradas diferenças estatisticamente significantes na qualidade de vida em relação ao gênero, escolaridade, classificação econômica e presença de multimorbidades. Os resultados mostram que nas populações idosas existe uma desigualdade nas raças não brancas e no sexo feminino nas questões referentes ao acesso a serviços de saúde, estando estes grupos mais próximos a terem condições crônicas mais graves e mostrando ter uma percepção ruim sobre a saúde e qualidade de vida. Também é muito evidente que em países de terceiro mundo, uma grande quantidade de idosos vive em situação de pobreza apresentando dificuldades no domínio da saúde, sendo um grande desafio a implementação de políticas públicas para o atendimento dessas pessoas. Enfim, os resultados deixam claro que o processo de envelhecimento tem uma relação direta com a quantidade de doenças instaladas e aumento do uso de medicamentos.

Conclusão: Por mais que os resultados mostraram que a piora na qualidade de vida em idosos fisicamente independentes está relacionada à presença de multimorbidades e alto consumo de medicamentos, pesquisadores nos esclarecem que as pessoas podem envelhecer com uma boa qualidade de vida se optarem por um envelhecimento bem sucedido onde as atividades significativas ganham espaço junto nas ações da vida diária.